Bboy Neguin no Fantastico Tv Globo

Antes de seguir rumo a final 2011 do Red Bull BC One, realizada no último dia 26 em Moscou, o b-boy paranaeanse Neguin bateu um papo com o repórter Tadeu Schmidt para o Fantástico.


Neguin é campeão do mundo, só que ele não luta nem joga. Ele dança. Ele conversa com Tadeu Schmidt e falou sobre o tipo de dança que ele faz: “Essa dança é breaking, chamado breakdance pela mídia, mas faz parte da família hip-hop. Está dentro do estilo hip-hop, dentro do street dance. São vários estilos. Tem o locking, tem o hip-hop, tem o b.boy, que é o meu estilo”.

Na verdade, dentro do breakdance, um dançarino batalha com o outro. “Um duela com o outro. É a batalha. O b.boy, estilo meu, veio de batalha”, explica o brasileiro.

As têm batalhas direito a cara feia e provocações. “O DJ soltou a música, começou a batalha. Eu vou primeiro que ele. Tem que fazer o movimento e falar faz melhor do que eu'. Ele tem que vir 'é, só isso que você tem para mim, vou fazer melhor para você'. Ele vem e faz. E eu 'não, essa não cobriu a minha, segura essa'. Tem que tentar ficar fazendo melhor que ele. Dentro dessa dança, tem os fundamentos, não é uma coisa que você vá lá e faça. Tem cinco fundamentos”, aponta Neguin.

O dançarino tenta ensinar a Tadeu o primeiro fundamento. O repórter tenta, mas o resultado não dá muito certo. Melhor voltar à entrevista.

Neguin revela como virou um b.boy: “Em 2001, eu estava pesquisando na internet. Eu também pratico capoeira desde os cinco anos de idade. Então, eu pesquisei capoeira e cultura americana. Aí automaticamente eu vi um vídeo de alguns dançarinos americanos dançando break. Foi quando eu tive o choque. Eu falei 'nossa, existe essa dança?'. A partir dali, eu comecei a treinar por mim mesmo, sem professor, sem nada.

Ele também conta que começou a copiar a dança que vi na internet: “Eu fiquei mais ou menos uns quatro ou cinco anos treinando na minha cidade sem viajar, nem nada. Isso é na época que eu estudava, trabalhava também em escritório”.

Neguin é da cidade de Cascavel, no Paraná. De lá, foi para São Paulo e, em um movimento rápido, saltou para o circuito mundial de breakdance. “Devido ao meu nível, devido a essa diferença de eu misturar os estilos, falaram 'é novidade para o mundo'. Tem a capoeira rápida e o samba tranqüilo: então, eu soube sempre misturar esses estilos”, comenta.

Ele mostra pro Tadeu sua principal característica: a explosão.


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